Apaga a luz,
Pediu o pequeno quarto sonolento
E a escuridão apagou.
Mas logo a radiação intensa do pensamento
Todo o pequeno quarto iluminou
Gosto que te acendas,
Confessou o cobertor felpudo
Oferecendo ao meu corpo o calor
Daquele sentimento desnudo
Reverberante de amor
Ah, desliga logo essa luz,
Protestou a almofada
Do mundo inferior da Razão.
Condena a repouso a mente
E a eterno fugitivo o coração
Parem,
Moderou o tecto do quarto.
A luz deve escolher como pode
O destino do delicado barco
Que ora desliza ora sacode
Por fim, a luz decidiu-se
Como se decidem na natureza as estações
A permanecer no limbo indeciso
Pintado de flores e trovões...
Até que viesse outra luz
Ou outra escuridão mais forte.
(oh espantadiço coração!)
:)
2 comentários:
De toda a maneira és linda.
De toda a maneira o teu amor é lindo...
De toda a maneira o que escreveste e o que escreves serão para sempre as folhas caídas de todos nós.
No mais profundo....
Adorei.
escreves maravilhosamente bem!
Aiiiiiiii.... Que doce, que belo.
Oh miúda que saudades deste teu alimento para nós. Sincero obrigada.
Já sentia falta dos teus poemas. Opah, sério. Fogo, tu a Maria e a Guida, juntando-se fariam o melhor livro jamais visto.
Que escritoras, que mentes.
Nesse dia estarei lá para vos aplaudir de pé ;)
Lindo Pena, juro. E tu sabes que sim, nota-se o prazer que tens em constuir pequenos doces através de palavras escritas. Por isso se torna tão bom =)
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