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Nos meus desejos mais sórdidos
Desejo roubar-te a meio do dia.
Prender-te a uma cama repleta de tecidos.
Cheia de flores de papel nas paredes
E tocar-te com a boca.
Em lençóis brancos maiores que nós
Respirar o céu por cima de ti.
Colocar,
Desejo roubar-te a meio do dia.
Prender-te a uma cama repleta de tecidos.
Cheia de flores de papel nas paredes
E tocar-te com a boca.
Em lençóis brancos maiores que nós
Respirar o céu por cima de ti.
Colocar,
cada nuvem nos meus lábios
E passá-las sobre o teu solo moreno.
Sentir o sol perto,
Dos teus olhos sem pudor
Descobrindo o meu sentimento.
Rendida às letras sem alfabeto, debaixo das tuas pestanas
O fulgor do que elas dizem só de olhar
Conta-me a certeza absoluta de que és a minha terra,
Sendo o meu céu.
Deixo cair tudo o que sou, que é ar, sobre o que é teu
Aspiro de ti as minhas lentas gotas de suor
E passá-las sobre o teu solo moreno.
Sentir o sol perto,
Dos teus olhos sem pudor
Descobrindo o meu sentimento.
Rendida às letras sem alfabeto, debaixo das tuas pestanas
O fulgor do que elas dizem só de olhar
Conta-me a certeza absoluta de que és a minha terra,
Sendo o meu céu.
Deixo cair tudo o que sou, que é ar, sobre o que é teu
Aspiro de ti as minhas lentas gotas de suor
até ao horizonte do espaço que me ocupas
estás a ser minha e meu
Junto às pernas, à cintura, ao pescoço
Junto ao corpo,
estou a ser tua e teu
estás a ser minha e meu
Junto às pernas, à cintura, ao pescoço
Junto ao corpo,
estou a ser tua e teu