quinta-feira, março 20, 2008


Nos meus desejos mais sórdidos
Desejo roubar-te a meio do dia.
Prender-te a uma cama repleta de tecidos.
Cheia de flores de papel nas paredes
E tocar-te com a boca.
Em lençóis brancos maiores que nós
Respirar o céu por cima de ti.
Colocar,
cada nuvem nos meus lábios
E passá-las sobre o teu solo moreno.
Sentir o sol perto,
Dos teus olhos sem pudor
Descobrindo o meu sentimento.
Rendida às letras sem alfabeto, debaixo das tuas pestanas
O fulgor do que elas dizem só de olhar
Conta-me a certeza absoluta de que és a minha terra,
Sendo o meu céu.
Deixo cair tudo o que sou, que é ar, sobre o que é teu
Aspiro de ti as minhas lentas gotas de suor
até ao horizonte do espaço que me ocupas
estás a ser minha e meu
Junto às pernas, à cintura, ao pescoço
Junto ao corpo,
estou a ser tua e teu

6 comentários:

lampâda mervelha disse...

Chamar-lhe-ia de intemporal caso a noção de "para sempre" não fosse tão curta como nós.

Belas e sentidas palavras. Gostei muito.

GotchyaYinYang disse...

Arrebatador....... mesmo! Parece que estava lá. Que paixão brutal. E ternurenta ao mesmo tempo.

Já pensaste fazer um livrinho de poemas? Gosto tanto do que escreves!

Tiago disse...

Felizzzzzzzz dia da poesia!!!!! :D

Tiago disse...

A mona lisa também escreve poemas! :)

Rute disse...

Solta-te bicha!!!

(és uma nogenta pk gosto sempre do que escreves)

xtr3m disse...

Muito Bom! =D