quinta-feira, junho 26, 2008

Quando nada há a dizer o que poderei dizer?
Posso produzir discursos insuflados de ar
Ou sussurrar os meus segredos frágil
E depois alguém esquecer.
Prefiro dar toda a plateia
às minhas palavras
nem um recanto do meu sentimento elas transportam
no meus movimentos nenhum lábio de emoção se contorna
se conduz
Porque eu sou dentro de dentro
E as palavras estão fora lá fora no som só que se produz
Então porque passamos a vida a comunicar?
Vêm entregar-nos a ideia das palavras cantadas solução de encantar
Mas eu cá não acho, se me permitem
Solução que não o olhar
Olhar, olhar olhar
Dizem que é espelho da alma
Eu acho que é da alma o lago.
E isso se adequa há imensa vontade que temos de explorar a água
uns nos outros,
De mergulhar quando queremos mais
De tirar o pé quando estamos frios.
Desejo,
talvez todas as pessoas humanas também,
que se proíbam as palavras,
que a única língua seja a do bonito de dentro do coração
assim nada mais haverá a dizer
nada mais precisa ser dito.

terça-feira, junho 10, 2008

Mas também sei de um rio…..


Deixa lá, também tenho os meus des(a)tinos
Os meus falares-antes-de-pensados
Tenho tudo com que nasci
Mas morrerei com mais.
E tu acrescentaste a esse mais.
Embora mais não signifique melhor.

Deixa lá, também tenho as minhas desilusões
Os meus quereres-não-acontecidos.
Também tenho os meus dias botões
Intro-metidos.
E os meus dias festivais
Extra-sentidos.
Sou bonecas nalguns dias
E espelhos nos restantes
Ah, desculpa,
Também já fui de vidros
Partidos ou transparecidos
Ou desistidos

Mas olha, ele já me respondeu à sms por isso vou mas é dormir
Já não preciso de passar o tempo a escrever coisicas!

Fuck the pain away


Adorei ver o teu corpo jogado
Sido a primeira a dar-te o pontapé
A ter-te apedrejado.

A tua dor não interessa
se retirar a minha
O teu sangue
é o meu preço
pelo sangue derramado.
O teu sorriso é crime
O meu sorriso é um sinal de obrigatório

Agora não passas de uma sombra zonza
e de um minuto de esquecimento