Para onde vão as palavras que já dissemos? Para onde vão as palavras que um dia queremos dizer?
Qual é o meu valor quando me esvazio nas palavras? Qual é o meu valor quando me revisto de silêncios? Qual é o valor que me dás, e de que memórias vive ele?
Das memórias do que fiz, do que disse? Há gestos e há palavras que são erros. Há outros que são errados.
Outros que são inevitáveis porque irreprimíveis.
“Porque é que o sol é amarelo?”
Porque é que as estrelas não caem e dormem suspensas e de olhos abertos? E porque é que há tantas, tantas?
Porque é que eu sinto que não há nada de errado em acreditar que um dia vou ver o princípio do Universo a crescer no meu umbigo?
E que não vi uma estrela cadente mas posso pedir um desejo.
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