domingo, agosto 07, 2005

Uma praça, uma casa, uma asa
Na claridade, luz alva se introduz
Um roseiral, um rubro aroma floral
Sangra a brancura da varanda que seduz

Algures entre o que sonho, sinto e vejo
Nasce o batimento a mais de um beijo
Explosões de pétalas encarnadas
Demoram línguas em batalhas desejadas
Ao calor de corpos tomados pela Lua

Brilham fogos breves
Recolhem-se almas, homens não se mostram
Em cada corpo uma urna se insinua
Há um peso de enterrar quando os corações se afastam mas os braços se enroscam
Praça, casa, asa, cova
Na escuridão da noite que cava
A secura dum roseiral toma
Um defunto aroma mortal
Amaldiçoa a mentira encenada nos peitos
Envergonha-se da oca entrega carnal,
Cravada em tantas peles e leitos

07/08/05
Ana Pena

3 comentários:

Anónimo disse...

Olaaaaa! Estou em NYC mas tenho net por isso aproveitei para visitar o teu blog, que esta actualizado com mais poemas teus, hehehe!
Beijinhos***

Phyllophryne scortea disse...

Escuso de elogiar o teu poema, pk n tenho palavras para o elogiar correctamente...
Venho aqui comentar o teu link para as voluntarias do hospital de santa maria... 1º, n sabia k fazias desse tipo de voluntariado, nem nca imaginei...
2º, duvido que tenhas mtas adesoes de mais voluntarias, e eu mesmo que quisesse axo k n me aceitavam...
resumindo... corrige o link pk com 99,99% de certeza enganaste-te, ou et é pa dares um toke mais porno ao teu blog :P
P.S.- no fim podes apagar este comment sff por razoes minimamente obvias.

Anónimo disse...

É só mesmo para dizer que já li o poema!!
Sim, porque este vai demorar a interiorizar....
Bjinho
Maria