sábado, junho 09, 2007

Sim, eu sei
Não, ou então
Sim
Sim, não sei

Rede, circulada na maré
Malha de tojo espiculado
Marinheiro
Mareante
Cargueiro de sonos salgados,
Onde andam as focas?
Onde ficou preso o meu queixo?
Rebrilham azuis de teus olhos
Magoados, não choram mas doem
Vejo-te por dentro afora
Adentro-me na esfera boleada
Baça de cansaço.
E espero
Mas a calçada humedece
Arrepios expectantes nos meus ossos
Não choras, dói mais ainda
Entristece a palavra
Como as focas faltam ao mar.
Ah cargueiro acossado
A rede prende-te em mil
Átomos sub-sobre-sentimentais
Teus mil olhos são vitrais
Que o sol nasceu despedaçando
Nos seus tons multi-plurais.
O tinir das máculas aflitas
Fendem as horas nos ponteiros.
Cortam-se as notas desiguais
E os timbres desinteiros
Vem à água
Venha à água
Toda a doçura
Dos açucares incertos
Reflicta o céu todo este acaso
Cabal, onde me acendo
Onde me fico.

Quando um dia eu lá chegar
Puxa-me
E faz-me ver tudo de uma vez.

2 comentários:

Taiyo85 disse...

"A rede prende-te em mil
Átomos sub-sobre-sentimentais
Teus mil olhos são vitrais
Que o sol nasceu despedaçando
Nos seus tons multi-plurais.
O tinir das máculas aflitas
Fendem as horas nos ponteiros.
Cortam-se as notas desiguais
E os timbres desinteiros"

Olha tipo... Este bocadinho aqui... Olha fantástico. Acho que entendes o que significa para mim porque não to conseguiria explicar mesmo que quisesse!!! Tás assim wow!

Rute disse...

Peniiinhaaa, és mesmo algo fora do comum! Amo a tua escrita! É liiiiiinnnnnndaaaaa! Tuuu és linnnnnndaaaaa e hj fazes aninhooossss!!! PArabens meu amorrrr!!! Adoooorooo-te!!! Tuudo de bom para ti, minha estrelinha adorada! Estes anos na tua companhia tem sido espectaculares! Venha daí mais um!!!

MUAHHH