terça-feira, julho 28, 2009
O ponteiro lavrado pela Sociedade ordena-me.
Sou louca, virarei as costas para esse lado?
Ou permanecerei sensata e cega
Desejando um dia tê-lo arriscado?
Que Adamastores me impedem ainda
De ser eu toda, sem reservas nem pudores?
Nenhuns! - responde Bravo o Marinheiro na partida
Tooo too-dos! - gagueja o mais Irracional dos Delatores!
Pois que dilema vem este a ser
Que tão estranhamente impede a viagem
A quem para isso o mundo viu nascer?
Que ventos, que monstros, que vagas destroem a coragem?
Do Marinheiro que nunca o pôde ser?
Só o sonho, beleza que cura e mente
Restará a esse miserável sem remédio?
Ou um dia fará do seu desejo o seu presente
Antes que da vida sobre apenas tédio?
Os Bobos que o assistem poderão responder ou calar-se
Poderão prever ou brincar às adivinhas...
O Marinheiro ora pode ouvir ora aconselhar-se
mas é mister que cosa a vela sempre pelas suas próprias linhas!...
Sou louca, virarei as costas para esse lado?
Ou permanecerei sensata e cega
Desejando um dia tê-lo arriscado?
Que Adamastores me impedem ainda
De ser eu toda, sem reservas nem pudores?
Nenhuns! - responde Bravo o Marinheiro na partida
Tooo too-dos! - gagueja o mais Irracional dos Delatores!
Pois que dilema vem este a ser
Que tão estranhamente impede a viagem
A quem para isso o mundo viu nascer?
Que ventos, que monstros, que vagas destroem a coragem?
Do Marinheiro que nunca o pôde ser?
Só o sonho, beleza que cura e mente
Restará a esse miserável sem remédio?
Ou um dia fará do seu desejo o seu presente
Antes que da vida sobre apenas tédio?
Os Bobos que o assistem poderão responder ou calar-se
Poderão prever ou brincar às adivinhas...
O Marinheiro ora pode ouvir ora aconselhar-se
mas é mister que cosa a vela sempre pelas suas próprias linhas!...
segunda-feira, julho 27, 2009
sexta-feira, julho 24, 2009
quinta-feira, julho 23, 2009
A costa dos sussúrrios
Ou melhor, a costa dos sorrísios (vá, a Costa do Castelo) conta a história dos aventureiros portugueses pelo mar: temos Vasco da Gama e o Adamastor, temos uma Princesa com saudades do seu marinheiro que partiu, temos o velhinho (ceguinho) do Restelo, temos o doidinho de Arroios, temos os Navegadores com pudor de mostrar o escorbuto, temos as Alcoviteiras que arregalam os olhos aos homens do mar, e o perigo Sedutor à espreita...
e amigos, temos o rio
e os sorrisos que, ai
finalmente dão à foz!
e amigos, temos o rio
e os sorrisos que, ai
finalmente dão à foz!
terça-feira, julho 21, 2009
There's a hot on the beach!!!
Que praia tórrida aquela ... onde gesto valente não era aventurar o corpo em mar revolto mas arriscar o olhar a oriente...
sexta-feira, julho 17, 2009
Anda cá bichinha, princesa. Vou-te contar um segredo. (mas devagar)
És doce como as folhas no bailado de Outono
Ou o azul da lagoa se é desejada pelo mar
Ou a palmeira que calmamente se penteia pela areia
Ou o sol e uma sombra aventureira, perdendo-se nos caracóis de uma menina
Ou um longo búzio escutando...
E penso
És doce quando murmuras os teus dedos
És doce, quando pousas os teus olhos.
És doce como as folhas no bailado de Outono
Ou o azul da lagoa se é desejada pelo mar
Ou a palmeira que calmamente se penteia pela areia
Ou o sol e uma sombra aventureira, perdendo-se nos caracóis de uma menina
Ou um longo búzio escutando...
E penso
És doce quando murmuras os teus dedos
És doce, quando pousas os teus olhos.
quinta-feira, julho 16, 2009
Cows over Witebsk (1966)
Marc Chagall
"Respeito muito minhas lágrimas
Mas ainda mais minha risada
Inscrevo, assim, minhas palavras
Na voz de uma mulher sagrada
Vaca profana, põe teus cornos
Pra fora e acima da manada
Vaca profana, põe teus cornos
Pra fora e acima da man...
Ê, ê, ê, ê, ê,
Dona das divinas tetas
Derrama o leite bom na minha cara
E o leite mau na cara dos caretas
...
Mas eu também sei ser careta
De perto, ninguém é normal
Às vezes, segue em linha reta
A vida, que é "meu bem, meu mal"
No mais, as "ramblas" do planeta
"Orchta de chufa, si us plau"
No mais, as "ramblas" do planeta
"Orchta de chufa, si us...
Ê, ê, ê, ê, ê,
Deusa de assombrosas tetas
Gotas de leite bom na minha cara
Chuva do mesmo bom sobre os caretas..."
Vaca Profana
Caetano Veloso
iéee iéee é é :)
Marc Chagall
"Respeito muito minhas lágrimas
Mas ainda mais minha risada
Inscrevo, assim, minhas palavras
Na voz de uma mulher sagrada
Vaca profana, põe teus cornos
Pra fora e acima da manada
Vaca profana, põe teus cornos
Pra fora e acima da man...
Ê, ê, ê, ê, ê,
Dona das divinas tetas
Derrama o leite bom na minha cara
E o leite mau na cara dos caretas
...
Mas eu também sei ser careta
De perto, ninguém é normal
Às vezes, segue em linha reta
A vida, que é "meu bem, meu mal"
No mais, as "ramblas" do planeta
"Orchta de chufa, si us plau"
No mais, as "ramblas" do planeta
"Orchta de chufa, si us...
Ê, ê, ê, ê, ê,
Deusa de assombrosas tetas
Gotas de leite bom na minha cara
Chuva do mesmo bom sobre os caretas..."
Vaca Profana
Caetano Veloso
iéee iéee é é :)
quarta-feira, julho 15, 2009
Fly me to the moon.
Julgo estar descobrindo o caminho de ramagens e sombras luzidias,
Que leva até ao buraco na terra
Onde me plantaram.
Outrora, onde colocaram água e deixaram preces
Praticando o ritual dos edificadores da vida,
Despontam pouco a pouco, esticando-se para o sol
Tenros caules.
Calling Planet Earth.
Será bom colar na pele a terra húmida
debaixo do tempo de Verão
e deixar a textura barrenta do mundo
cobrir-me sincera.
será bom deixar-me entrar no trilho lamacento.
e descobrir no tacto o carinhoso sentido
da escultura de mim mesma.
artesã da minha generosa faiança, aprendo a arte cuidadosa.
fertilizar os tenros caules que despontam
lançar os novos olhares, verdes e largos
receber os novos sóis que atravessam a terra.
terça-feira, julho 14, 2009
La movida madrileña
Toledo
numa das portas da Catedral
foto tirada por uma senhora que dizia não ter jeito nenhum para tirar fotos
numa das portas da Catedral
foto tirada por uma senhora que dizia não ter jeito nenhum para tirar fotos
domingo, julho 05, 2009
Adolphe-Alexandre Lesrel
Bacantes são as seguidoras femininas de Dionísio (para os Gregos) ou Baco (para os Romanos) - o Deus do vinho, do êxtase e da loucura. As bacantes são por ele inspiradas a entrar num estado de transe, celebrado freneticamente com danças e embriaguez. Neste estado as bacantes perdem todo o auto-controlo e iniciam uma série de comportamentos sexuais descontrolados e actos de violência selvática.
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