Cualquiera que consiga llegar a tus entrañas aun que tu voz le diga lo mucho que me extrañas. Cualquiera que abandone sus manos en tu pecho y despues te perdone el volver a mi lecho
Almodóvar é um génio! Como pode um homem compreender tão bem as mulheres?
Teatro... lo tuyo es puro teatro falsedad bien ensayada estudiado simulacro Fue tu mejor actuacion
A música do MOMENTO!
:D I WANT TO LIVEEE IN IBIZAAA! Já andava a precisar de esticar estes ossos, e que bem que soube! Melhor ainda, acompanhada de memórias chamadas ponchas & nikitas da linda Madeira :)
sexta-feira, dezembro 04, 2009
Quando me deitei e finalmente estiquei as costas na cama, senti aquela dor na coluna chamada alívio. De seguida apercebi-me da pressão crescente de um peso, algo como uma tábua pesada e maciça colocada por cima do meu corpo, desde os pés até à cabeça, e onde houvera sido escrita a palavra “Inútil”. Podia ser absurdo, mas o peso do “Inútil” caía-me sobre o corpo e não me deixou dormir por algum tempo.
Enquanto ouvia um piano e uma voz arrastada que o acompanhava, sentia uns pequenos barcos de papel, “drifters”, a deslizar por aquele corpo abaixo, ao longo de “Inútil”, enquanto por dentro a corrente circulava em “roller coaster”.
Quando saí do hospital, passei pela mesma calçada que dava para o jardim e, num gesto que habitualmente repetia, colhi algumas folhas de alfazema e cheirei, cheirei mais uma vez, e outra, mais um bocadinho, isso. Invariavelmente, acabava por sorrir, como uma criança. Guardei as folhas no bolso das calças, no esquerdo. No entanto, lembrei-me, costumava sempre guardá-las no bolso direito. Será que isto significava alguma coisa? (Claro que sim). Claro que não.
"Às vezes pensava que Pelletier era um amante mais qualificado. Outras vezes pensava que era Espinoza. Observando o assunto de fora, digamos que a partir de um âmbito rigorosamente académico, poder-se-ia dizer que Pelletier tinha mais bibliografia (...). Pelletier, em compensação, tinha lido o divino marquês [de Sade] aos dezasseis anos e aos dezoito tinha feito um ménage à trois com duas colegas da universidade e a predilecção adolescente pela banda-desenhada erótica tinha-se transformado num adulto, racional e comedido coleccionismo de obras literárias licenciosas dos séculos XVII e XVIII. Falando em termos figurados: Mnemósina, a deusa-montanha e a mãe das nove musas, estava mais perto do francês do que do espanhol. Falando sem papas na língua: Pelletier conseguia aguentar seis horas a foder (e sem se vir) graças à sua bibliografia enquanto Espinoza podia fazê-lo (vindo-se duas vezes, às vezes três, e ficando meio-morto) graças ao seu ânimo, graças à sua força."
Ontem fui à mostra na Culturgest de alguns filmes do 33º Cinanima 2009, o festival internacional de cinema de animação, realizado todos os anos em Espinho. O Prémio de Melhor Filme Português foi arrecadado por Nuno Beato com a curta "Mi Vida en Sus Manos", extremamente emocionante e a que mais gostei dos filmes portugueses. Em falta nesta mostra ficou o filme vencedor do Cinanima, "The Spine", de Chris Landreth. "The Spine" parece ser muito interessante e bastante bem conseguido, reflectindo fisicamente nas personagens os seus estados psicológicos, o que funciona como uma dupla narrativa: aquela que vemos pelos discursos e acções, e a que emerge do interior das personagens e que podemos ler talhada nos seus corpos. Não encontrei a curta online por isso aqui fica uma pequena entrevista ao realizador, com algumas imagens do filme. Para "compensar" deixo a sua curta anterior, "Ryan", a muito premiada e galardoada com o Óscar de melhor curta de animação em 2004, que na caracterização das personagens segue o mesmo princípio que "The Spine". Finalmente, fica o trailer de Lost and Found, em que Philip Hunt adaptou o premiado conto infantil de Oliver Jeffers, a história de amizade entre um menino e um pinguim que é ... de derreter o coração!! et voilá :)
Mi Vida En Tus Manos
Making of "The Spine"
Ryan - baseado na história de Ryan Larkin, um animador canadiano