segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Às vezes uma Ilha



Às vezes uma Ilha

Navegava num barco de papel
Por mares nunca antes navegados
E por isso que o barco de papel
Se desvaneceu timidamente em bocados

Abri mão do leme
Tive medo, desisti
Abri mão do leme
Não enfrentei, logo não conheci

Nunca houve tempestade
Mas eu criei-a sozinha
Mas nunca houve tempestade
A tempestade era a minha

Agora nem barco, nem mar
Fui dar a uma Ilha unicamente habitada
Agora nem barco, nem mar
Só eu e a Ilha, abandonada

Penita

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