Foto:Pat Doyle - "Shadow of Tree Reflected on Ground"
Raíz
Tudo tem um último fim
E um último princípio.
Um objectivo certo,
Num Universo de incertezas exponenciais
E o Respeito pelo parto
que nos semeou aqui,
É da leis primordiais.
Passado Futuro e Presente,
Têm um pilar, um alicerce,
Que apesar desta evolução demente
Não nos abandona e não nos esquece.
Do seu ventre,
nós nascemos sua cria,
Mas a placenta da Terra
está em actual agonia
Porque desviámos os olhos
Da Natureza que nos criou
E teimamos em dar valor
Ao que o valor jamais tocou.
Nos tempos que correm
Tudo exala egoísmo sujo
E esquece a alma selvagem que nos une.
Tudo está a ter o destino que
No princípio ninguém quis
E como é doloroso e revoltante
ver as folhas desta grande árvore
Virar costas à sua nobre raiz.
Penita
1 comentário:
Pena, és sem dúvida um talento desenterrado!!=)
Mas isso tu já sabes, certo?
O que se calhar não sabes (ou sabes?) é que raíz que é raíz não é aquela que prende à Terra: é a que a apoia até abrirmos as asas pela 1ª vez...para VOAR! E se não for à 1ª, raíz que é raíz pega-nos ao colo para nos consolar.... Tanta coisa, só para dizer que gostei muito do poema!!!
Adoro-te!*
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