Sabes as folhas verdes das lembranças?
Estremecem hoje nos meus olhos,
Vasos de lágrimas.
Queria que o tempo não passasse
Mas permanecesse.
Como um pêndulo dos dias estagnado
Como um tic sem tac
Ouço os teus passos a ranger dentro do tímpano
Ensurdece lembrar a tua presença,
Rebenta comigo.
Vaga que se apodera de um corpo fraco
E o retalha brutalmente contra rocha afiada
Sucessivamente
A cada vez que percebo o absoluto da realidade
Pelo chão vidros
Reflectem fragmentos
Do meu rosto
Exteriores dos estilhaços cá por dentro
Há manhãs claras para quem se procura mutuamente
E florestas queimadas para quem se consome no antigamente.
1 comentário:
Olá Ana ;)
Nas tuas últimas post só tens presenteado o people que lê o "Liberty" com poemas da tua autoria! Tenho gostado mesmo muito de os ler! Este pareceu-me um pouquinho triste mas, tal como Fernando Pessoa disse - "o poeta é um fingidor"!
**** Cátia
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