quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Arte. Perfume esgarrando a Rosa. O barro doce da loiça. Tela molestada à inquietação da cor. O bronze movendo, sorrindo, vivendo perpetuado nos corpos do jardim. A Arte. Expirando-me aos píncaros do prazer.

A Alma. Talvez a presença transparente de alguém no banco, ao meu lado. Sustendo a bola do mundo. E de mim, o fumo. Ignoram-me de bronze os corpos mortos, no jardim. Há neles mais vida do que em mim. Vibrando com a frenética esfera dourada, celebrando o sol.

A Contra Alegria. O vento arfando o silêncio, descorando o rosto. O sossego de alguma coisa diluída, nos meus olhos. O frio lambendo o chumbo, a minha boca. A Alegria. Pendurada, de manhã, no infantário. Tinha fitas no cabelo bordadas, pela mãe. Tinha camisolas de Inverno também. Tinha flores antes do almoço. E a água sabia a gelatina.

O Vácuo. Ranger de folhas secas nuns pés cortando a fio. Um tiroteio guinchando o estalo do mundo. A Surdez. Nuvem sôfrega, abocanhando algodão. O Silêncio. Restolhar de folhas, chorando os mortos. A Morte. Garganta espessa engolindo.

1 comentário:

Guida disse...

FOOOOOOOOOOOGOOOOOOOO...
ESTAS CADA VEZ MAIS PODEROSA...
agora as palvras são mais fortes, sagazes...atentas...gostei...

espera... mas o que queria mesmo dizer é que dia 14 é já na quarta. ja avisei o pedro para nao se esquecer de reservar a mesa..
cordialmente,
guida