Cada casa tinha um campo de cidades a arder
Revoluções do mundo, sismos desenterrados
Debaixo da cama estavam monstros guardados
E corações perdidos ao caos do perder
Ouviam-se uivos trovejantes e relâmpagos
Que explodiam na tempestade desse dia
Á força bruta do mar toda a terra rugia
Chegava medo até aos cemitérios de crisântemos
Nunca a luz rasgava o lúgubre preto
Jamais se ouviam vozes humanas, só deserto
Nada
Nem uma única e preciosa vida
Sobrou naquele campo sem longe nem perto
Ninguém ficou para contar esse dia.
Nem eu, mas recordo-o para sempre como meu…
Quando as lágrimas escorrem pela tua fotografia.
Porque partiste?
Ana Pena
1 comentário:
lindo o sentimento que aqui consegues exprimir neste poema, sem palavras mesmo..continua a por destas maravilhas no blog que até dá gosto lê las...
bjo**
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